[EDIT] Xbox 360: Reset Glitch e JTAG



Se procurarmos a definição do que significa JTAG (veja a explicação do acrônimo na Wikipedia) ficará muito difícil de entender o que ela teria a ver com a jogatina no XBOX 360 e porque existem consoles chamados de JTAG!
De uma forma geral, associou-se o nome da “porta” com que se consegue fazer a programaçãoo (e também a leitura dos dados) do console a capacidade do mesmo rodar um sistema (código) que não o oficial da Microsoft, que conhecemos como dashboard. Mas como assim não rodar um sistema que não é o oficial? Normalmente, quando vejo um XBOX 360 “JTAG” ele está com a dashboard normal. Não se deixe enganar pelas aparências. Apesar de ser aparentemente a dashboard que conhecemos no dia-a-dia, na suas entranhas muitos segredos se revelam.
Claro que você sabe que um console com esse “destrave” é capaz de rodar jogos direto do HD Interno (que já não precisa ser mais o oficial, quebrando a barreira dos modelos e capacidade utilizadas) sem o disco no drive de DVD. Também é capaz de rodar jogos de um HD Externo ligado à USB. Instalar o conteúdo extra dos jogos (DLC‘s), rodar os games da XBLA sempre na versão COMPLETA, emuladores (MAME e outros), etc. Mas como falei, antes, é possível rodar outros sistemas e, generalizando, outras dashboards tais como: XeXMenu, 360Menu, IngeniouX, Viper360 e a mais famosa delas, a FreeStyle Dashboard (FSD para os íntimos).
Veja uma tela das primeiras versões da FreeStyle Dashboard, feinha não?
E aqui uma tela da versão 2.0, já com “cara” de dashboard oficial (à época não havia a dashboard do Kinect):

 Antes de seguir adiante faço uma ressalva: existem muita coisa que eu poderia trazer aqui a título de informação, background, história, tutoriais, etc., mas quero tornar o texto o mais perto possível dos acontecimentos mais recentes da scene 360, considerando também a minha política aqui no blog de sempre ter relevância principalmente para o usuário final, nada de detalhes muito técnicos que na hora de jogar acabam sempre sendo esquecidos. E esses acontecimentos podem mudar radicalmente a forma de se optar por um tipo de destrave no seu XBOX 360 num futuro muito breve.
Continuando, o que essas dashboards tem de tão especial? Principalmente agregam ferramentas e opções que tornam mais fáceis operações que pelos menus da dashboard “oficial”* seriam impossíveis de serem realizadas, como por exemplo uma simples cópia de arquivo de uma pasta para outra no HDD de seu console ou para outro dispositivo (como um pendrive, HDD externo, etc).
Vamos a exemplos práticos? Vou usar como base a FreeStyle Dashboard, hoje já na versão 2.0, que é um tremendo avanço, não só em termos de recursos, mas visualmente falando quando a comparamos com as outras dashboards alternativas. Ela trouxe a famosa interface coverflow que foi incorporada na NXE (a dashboard oficial pré-Kinect). Além disso ela dispõe de várias outras ferramentas. O que você acha da capacidade de poder instalar um jogo no HDD de seu XBOX 360 sem ter que antes gravá-lo num DVD? Claro que você pensou: “posso usar o HDD conectado no meu PC via transfer kit e instalar o jogo. Não é uma má ideia que eu até utilizaria se não tivesse acesso a próxima opção: mas se você nem precisasse desconectar o HDD do seu console? Legal hein!!! É você pode instalar o jogo diretamente no HDD do console via FTP. Putz, FTP? Configurar rede, etc. Xiiii. Complicou. Bem, na verdade estamos apenas mostrando a quantidade de opções que temos para instalar o jogo sem pensar em usar um DVD sequer. Isso tudo eu falei pensando sempre no uso do HDD interno do seu XBOX 360. Claro que se você pretende usar o HDD externo a opção mais óbvia é conectá-lo no PC, transferir o jogo, e depois usá-lo no console. Várias opções!


Tá… E cadê o grande barato da tal FSD2? Um exemplo seria o caso da pessoa que quer usar o HDD externo (ou um Pendrive) como “transporte” do jogo, ou seja, ele apenas vai levar o game para o console e de lá eu transfiro pelo File Manager da FSD2 para o HDD interno do 360. Pode parecer um absurdo mas se a pessoa não quiser se envolver com o uso do FTP é uma boa alternativa. Claro que o jogo pode ficar lá no externo e ser usado de lá sem problema algum. É sabido que, devido as modificações ocorridas no console e na dashboard, ele nao pode mais conectar na Live, com risco da perda permanente ao acesso à modificação (em consoles onde a proteção não foi instalada) ou banimento do mesmo. Mas nem tudo está perdido. A FSD2 com acesso somente à Internet é capaz de baixar as capas dos jogos instalados, descarregar as atualizações dos jogos (os Title Updates) – inclusive permitindo escolher qual você quer usar, muito útil em partidas na Xlink Kai, compatibilizando o seu jogo com o do seu oponente, jogar “online” na Xlink Kai SEM O LIMITE DO PING DE 30ms, usar trainers, previsão do tempo e até se atualizar automaticamente. Fora algumas outras ferramentas como controle da velocidade da ventoinha interna, exibição da temperatura da CPU, GPU e memórias; uso de plugins como o de carregar automaticamente o próximo DVD em jogos de múltiplas mídias, etc. São muitos recursos, totalmente impensáveis na dashboard tradicional.
Está gostando né? Realmente é um novo mundo de possibilidades para o seu Xbox360. Mas isso é para poucos, por enquanto. Esses recursos só estão disponíveis para raros consoles que podem executar essas dashboards através do XBR ou Freeboot. Não vou entrar em detalhes sobre eles aqui, mas são consoles que tem que ter a data de fabricação até o dia 18/06/2009 e não podem ter a dashboard acima da 2.0.7371.0. Isso tornou esses consoles verdadeiras moscas brancas e, até justificavelmente, mais caros perante aos demais, face a raridade de se encontrá-los.
Mas não está todo mundo falando que agora o “JTAG” é para todos, inclusive para os 360 Slims? E aí que o RESET GLITCH pode fazer história.
Depois de quase dois anos de árduo trabalho, GliGli, tmbinc, Tiros e vários outros conseguiram o que ninguém achava mais possível: um novo exploit que abriria as portas novamente para a execução de código não assinado no Xbox 360. Vale lembrar que o exploit usado até a sua correção pela M$ na dashboard 2.0.8498.0 era o mesmo, baseado num “furo” do jogo King Kong. Como esse exploit se baseava no software, a alteração do CB nessa dashboard matou o exploit. O RESET GLITCH é baseado no hardware e segundo os seus criadores, não corrigível por alterações via software (atualizações via dashboard). Para corrigí-lo a M$ terá que mudar o hardware do XBOX360 mas isso já deixa todos os consoles lançados até então (na casa de dezenas de milhões) passíveis de receberem essa modificação.
Onde está a pegadinha? Não há uma dash XBR/Freeboot (aquelas que falei lá em cima ao mencionar que as aparências enganam – baseadas na dashboard original) ou uma FSD2 no momento que funcione se valendo desta descoberta. Não há serventia para o usuário final. O que é possível rodar é o XELL (Xenon Linux Loader) e dalí carregar homebrews, alguns emuladores e outras aplicações. Na prática mesmo a melhor coisa que ele proporciona no momento é a recuperação das KEYS do drive de DVD direto da placa-mãe do console, resaltando-se que o Xell compatível (Xell Reloaded) pode ser executado, no momento, nas placas Zephyr, Jasper e Trinity (a dos Slims) independente da revisão da dashboard presente no console. Aí sim a coisa ficou legal!


Para conseguir tal feito, diferentemente da versão apresentada no início deste texto onde o desvio do boot do console era realizado por um circuito simples (envolvendo diodos, resistores, transitores, um punhado de fios e solda) este novo, por precisar enviar um pequeno pulso de reset (daí o nome do hack) para a CPU, necessita de um circuito mais elaborado, capaz de conter um código de software, que irá realizar o trabalho de exploitar a CPU. O circuito escolhido inicialmente foi o Xilinx CoolRunner II CPLD da Digilent, porém esse esgotou-se em poucas horas e os novos lotes já figuram como pré-venda no site da empresa (que é estrangeira e o mesmo teria que ser importado) com um preço majorado em 35%. O pessoal está “espertinho”. Uma pena pois o meu pedido mesmo foi preterido como o de muitos. Eles preferiram atender aos consumidores locais (EUA) antes dos pedidos internacionais. Infelizmente agora é preciso esperar para poder comprar logo o circuito e ficar preparado para essa nova era dos desbloqueios do XBOX 360.

 
Então, para amarrar as coisas: o caminho para universalizar as maravilhas descritas no começo do texto, conhecidas como JTAG no Xbox 360, hoje ainda restrita à aqueles que já tem o raro console com o hack antigo, 100% funcional, teve as primeiras barreiras quebradas com o surgimento do RESET GLITCH. Claro que poder recuperar as KEYS de uma infinidade de consoles na praça já será bom podendo-se executar o XELL. Mas ainda falta o desenvolvimento de um loader/dashboard que traga para todos os gamers, o controle total do seu console, podendo executar da forma que sempre sonharam os seus jogos. Alguém viu um Xilinx CoolRunner II CPLD por aí????

Rumores falam que o famoso Matrix Team (aquele mesmo do modchip Infinity para o PS2) vai se estabelecer com uma linha de produtos para Xbox 360 iniciando com um baseado no hack do GLiGLi (RESET GLITCH). Isso é muito bom, ver um team de peso, já renomado, voltando a scene e nos dando opções. Além desse, outros produtos devem ser anunciados em breve. Vamos aguardar detalhes.
Fonte

[EDIT] 15/09/2011

Tá aí o bixinho instalado no Fat e Slim:
 
Imagens:

Xbox 360 FAT:


Xbox 360 SLIM:
 Vídeos:

 Xbox 360 FAT:


Xbox 360 SLIM:

Mais novidades em breve =D

           E VIVA A LIBERDADE! \o/

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Criado por Wagner Loch