O Baixaki Jogos não apoia qualquer forma de pirataria. Também lembramos que o destrave em si não está diretamente atrelado à pirataria, sendo que apenas viabiliza que softwares independentes sejam rodados na plataforma.
Além disso, também pedimos aos leitores que respeitem as regras do site, reinterando que — como em qualquer outro local público — o comportamento no site Baixaki Jogos (seja na forma de postagens no fórum, comentários nos textos ou mensagens entre leitores) é permeado por uma série de condições envolvendo a legalidade e a ética, visando a preservar a diversão de todos.
Melhor assim, agora a Sony sabe que existe uma falha grave no seu sistema de segurança e os próximo dispositivos da empresa serão mais seguros. Segurança não significa apenas algo antipirataria, significa um sistema no qual você, o consumidor, não está vulnerável a ataques externos.
No meio disso tudo, ainda temos as desenvolvedoras. Se você acha que elas estão loucas da vida com os hackers, você está errado. As empresas que desenvolvem jogos sabem que o hack do PS3 pode trazer muito prejuízo com a consequente pirataria de jogos — não adianta negar, apesar do conceito de tecnologia livre ser muito belo, muita gente utilizará o hack para rodar jogos pirateados.
No entanto, as desenvolvedoras e publicadoras estão mais aborrecidas é com a própria Sony. Para quem não sabe, as empresas pagam uma espécie de “licenciamento” para criar jogos para o PS3 (ou qualquer outra plataforma).
Basicamente, resumindo tudo a termos bem superficiais, a companhia paga para pegar a chave de criptografia. Em outras palavras, você arca com este licenciamento, justamente porque a plataforma é mais difícil de ser pirateada — argumento que acabou de ir por água abaixo no caso do PS3.
Não há dúvida de que o PlayStation 3 foi o console mais seguro já feito, até o recente desbloqueio. Mesmo o lançamento do PS3 Jailbreack, na metade do ano passado, foi rapidamente contornado com uma simples atualização de firmware.
Todavia, a divulgação do código mudou tudo isso, e efetivamente transformou o console na plataforma mais fácil de ser desbloqueada — ainda mais simples do que o Wii, DS ou PSP, que exigem algum conhecimento técnico para rodar software pirata.
Homebrew
Feito em casa
Depois que GeoHot divulgou a chave, tudo ficou muito fácil. O próprio desbloqueio é feito rapidamente por meio de um simples pendrive: basta baixar o arquivo de atualização da firmware 3.55 e colocar o conteúdo do pacote Jailbreak.zip disponibilizado originalmente por GeoHot.
Com a atualização “preparada” no pendrive, o console reconhecerá o arquivo automaticamente. O procedimento é o mesmo de uma simples atualização e, agora, uma série de aplicativos caseiros já começa a pipocar pela internet.
Entre os mais interessantes está o retorno do Linux ao PS3 e uma lista de emuladores capazes de rodar jogos de outras plataformas diretamente no PlayStation3, como o snes9x 4.4.1, Mednafen Genesisplus e o Final Burn Alpha Multi-Arcade Emulator.
Com a atualização “preparada” no pendrive, o console reconhecerá o arquivo automaticamente. O procedimento é o mesmo de uma simples atualização e, agora, uma série de aplicativos caseiros já começa a pipocar pela internet.
Entre os mais interessantes está o retorno do Linux ao PS3 e uma lista de emuladores capazes de rodar jogos de outras plataformas diretamente no PlayStation3, como o snes9x 4.4.1, Mednafen Genesisplus e o Final Burn Alpha Multi-Arcade Emulator.
Além destes, várias ferramentas de programação que permitem a criação de jogos já estão se espalhando. Já se especula a introdução de várias outras funcionalidades como a introdução de suporte para reprodução de vídeo formato MKV e desbloqueio de região dos discos de DVD e Blu-ray.
O desenvolvimento de aplicativos caseiros para o PS3 destravado também pode trazer suporte para controles, drivers e outros periféricos USB e bluetooth não oficiais — quem sabe até a possibilidade de utilizar controladores do Xbox 360 e Nintendo Wii.
Outra funcionalidade interessante que pode aparecer em breve nos sites especializados é a capacidade de “remapear” os botões do controle — permitindo a personalização dos controles para cada jogo. Novos aplicativos também podem trazer uma navegação de internet mais rápida.
Também podemos esperar o lançamento de vários leitores de texto, com suporte para os principais formatos como PDF e txt., bem como o desenvolvimento de softwares de leitura especiais, como os comic readers (para a leitura de revistas em quadrinhos).
Porém, os homebrews mais aguardados são os de jogos com suporte para o Move e PSEye. Pense na onda de hacks do Kinect, mas na forma de jogos caseiros para o PlayStation Move.
Futuro
Depois da tempestade
O estrago já está feito. Salvo algum milagre digital, a Sony terá que aprender a lidar com o fato de que o seu precioso console foi definitivamente desbloqueado.
A discussão sobre hardware livre, pirataria, direitos de desenvolvimento, propriedade intelectual e segurança eletrônica pode se estender por muitas horas (ou linhas). No final das contas fica a impressão de que a indústria pode aprender com o que está acontecendo.
Ao que tudo indica, o PlayStation 3 ainda estaria impenetrável se a Sony não tivesse despertado o gigante adormecido. Se o preço para “apaziguar” a maioria dos hackers capazes de explorar ostensivamente eventuais fraquezas do seu sistema era um pouco de liberdade, será que não valeria a pena pagar por ele?
No caso do PlayStation 3 uma simples versão, limitada e bem monitorada, do Linux rendeu alguns anos de paz à Sony. Foram praticamente quatro anos inteiros sem pirataria.
Se os hackers com talento para destravar as fechaduras digitais estão buscando apenas liberdade para utilizar o hardware como quiserem em vez de rodar jogos piratas, já está na hora de todos os fabricantes reverem essa questão e pararem de tratar o caso como uma guerra ideológica.
Acordos e concessões de ambas as partes renderiam produtos mais seguros para os consumidores e menos vulneráveis à pirataria para as empresas. Plataformas nas quais jovens desenvolvedores podem exercer sua criatividade sem restrições renderiam mais jogos e funcionalidades que, eventualmente, poderiam ser absorvidas pela indústria por meios legais.
A discussão sobre hardware livre, pirataria, direitos de desenvolvimento, propriedade intelectual e segurança eletrônica pode se estender por muitas horas (ou linhas). No final das contas fica a impressão de que a indústria pode aprender com o que está acontecendo.
Ao que tudo indica, o PlayStation 3 ainda estaria impenetrável se a Sony não tivesse despertado o gigante adormecido. Se o preço para “apaziguar” a maioria dos hackers capazes de explorar ostensivamente eventuais fraquezas do seu sistema era um pouco de liberdade, será que não valeria a pena pagar por ele?
No caso do PlayStation 3 uma simples versão, limitada e bem monitorada, do Linux rendeu alguns anos de paz à Sony. Foram praticamente quatro anos inteiros sem pirataria.
Se os hackers com talento para destravar as fechaduras digitais estão buscando apenas liberdade para utilizar o hardware como quiserem em vez de rodar jogos piratas, já está na hora de todos os fabricantes reverem essa questão e pararem de tratar o caso como uma guerra ideológica.
Acordos e concessões de ambas as partes renderiam produtos mais seguros para os consumidores e menos vulneráveis à pirataria para as empresas. Plataformas nas quais jovens desenvolvedores podem exercer sua criatividade sem restrições renderiam mais jogos e funcionalidades que, eventualmente, poderiam ser absorvidas pela indústria por meios legais.
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